Candidíase, candidose ou monilíase vulvovaginal são infecções causadas pela cândida, que é um tipo de fungo. A cândida existe em todo o nosso corpo de uma forma equilibrada como flora normal, principalmente nas regiões vulvovaginal e intestinal. Quando, por algum motivo, ocorre um desequilíbrio da flora que nos protege, a cândida passa a se desenvolver, crescer e penetrar na pele e mucosas. Os sintomas mais comuns são: coceira vaginal (que é o principal deles, algumas vezes incontrolável), inchaço vulvar, inflamação, escoriações por coçar, dor durante a relação sexual, dor ao urinar, infecções secundárias e ausência ou corrimento denso semelhante a leite coalhado (sem odor).
O diagnóstico é feito principalmente pelo quadro clínico, necessitando, em caso de dúvida, de exames ou testes mais específicos. Existem inúmeras doenças, tais como alergias e eczemas, por exemplo, que podem levar aos mesmos sintomas e, por isso, devemos evitar tratamentos sem exame clínico. O índice de acerto do diagnóstico feito pela própria paciente é menor do que 30%.
O tratamento consiste em afastar os fatores de risco para evitar as recidivas. Na vigência dele, devemos suspender as relações sexuais para dar tempo até que a pele e a mucosa tenham se restabelecido. Os principais medicamentos são comprimidos por via oral e cremes para tratamento local. Para as infecções simples, usamos uma dose de antifúngicos da classe dos azólicos em dose única e uma aplicação vaginal em forma de creme ou óvulos. Em casos mais complicados, podemos repetir esta dose após três dias. Estes medicamentos inibem o crescimento e a reprodução dos fungos e não causam resistência. Raros tipos de cândidas não são sensíveis a estes medicamentos e devem ser tradados com outros remédios após exame específico.
A candidíase não é considerada uma doença sexualmente transmissível, portanto, tratamos o parceiro somente se ele for sintomático após exame.
Em casos de recidivas mais de quatro vezes por ano, podemos até usar estes antifúngicos orais a cada semana por seis meses com as devidas precauções e avaliações.
Para algumas pacientes que apresentam recidivas associadas a um quadro alérgico ao fungo, vacinas dessensibilizantes parecem melhorar os sintomas.
Fonte: Dr. Fabio Laginha - Ginecologista e Obstetra - CRM 42141/SP
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